Só depende da Justiça o cumprimento da reintegração de posse no prédio da reitoria da Universidade Estadual de Campinas. A expectativa para a ação aumentou depois que a instituição alegou que encerrou as negociações com os alunos que estão no local.
A ocupação está perto de completar dois meses. Nesse período, apesar das tratativas, não houve consenso entre as duas partes. Enquanto a universidade reclama do que chama de intransigência, os estudantes consideram a decisão oficial um retrocesso.
Em carta aberta ao reitor, eles pedem que o diálogo seja retomado e voltam a defender uma solução sem que haja punições. O manifesto, feito em conjunto com professores e funcionários, ainda convida as pessoas do campus para uma vigília na reitoria.
Apesar da possibilidade da reintegração, no entanto, a Polícia Militar diz que aguarda a decisão da Justiça para o cumprimento. De acordo com a corporação, a ação depende de preparação. Por isso, caso fosse confirmada, não aconteceria de maneira imediata.
A reintegração se tornou possível depois que a Unicamp entrou com um pedido na 2ª Vara da Fazenda Pública de Campinas. Na decisão judicial, o bloqueio de entradas de prédios e institutos também foi vetado, mas isso aconteceu durante a greve.
Em meio à continuidade da ocupação e da expectativa da reintegração de posse, o clima foi tranquilo no campus durante a manhã. Na reitoria, somente faixas reivindicando cotas e mais vagas de moradia estudantil, itens que integram a pauta, foram vistas.