O Ministério Público abriu um inquérito civil coletivo com 15 professores da Unicamp diante das representações desses docentes que denunciaram “fortes movimentos de obstrução das atividades escolares” dentro da Universidade Estadual de Campinas.
Segundo as denúncias, eles sofreram constrangimento, coação física e psicológica, que teriam sido praticadas por alunos e funcionários em greve da Unicamp.
Entre os professores que compõe o inquérito, Serguei Popov que aparece em um vídeo em que alunos apagam a lousa, enquanto ele tentava dar aula. Em entrevista, Popov disse que faltou respeito durante o movimento grevista.
No inquérito, o promotor responsável, Angelo Carvalhaes, diz que a Unicamp “não adotou as providenciais pertinentes”, não cumprindo o regimento.
Ele questiona o fato da Universidade ter aberto apenas um processo disciplinar, contra o aluno Guilherme Montenegro, sendo que segundo o promotor, “diversos outros estudantes, mencionados nas representações (alguns até fotografados), realizaram atos hostis – e semelhantes ao do aluno” e não há noticiais da abertura de processo para investigar tais condutas.
Com isso, o MP dá um prazo de 60 dias para que a Unicamp preste novas informações. O inquérito foi instaurado em 15 de agosto.
Os professores que compõe essa ação conjuta são Guido Araújo, Marcelo Guzzo, Ricardo Anido, Rafael de Freitas Leão, Eduardo Xavier, Mariana Rodrigues Motta, Antônio Carlos Moretti, Cláudio Francisco Tormena, Hildete Prisco Pinheiro, Guilherme Telles, Eduardo Miranda, Tatiana Benaglia, Marcelo Martins dos Santos, Anne Caroline Bonzi e Serguei Popov.
A Unicamp que não tem conhecimento dessa ação do MP.