Três casos de suposta propaganda eleitoral irregular de candidatos ao cargo de vereador em Campinas foram enviados à Justiça Eleitoral. Em todas as situações, houve a divulgação do nome ou alusão à candidatura em locais considerados acessíveis a toda a população.
Uma delas aconteceu em um jogo no Estádio do Guarani. O nome de Cid Ferreira, candidato do Solidariedade, apareceu no placar e foi citado. Questionado, ele nega a irregularidade e diz que a ação não foi a pedido dele e sim uma homenagem à implementação do Dia da Glória Bugrina.
Outras situações envolvem cultos realizados em igrejas evangélicas e os candidatos Bispo Fernando Mendes, do PRB, e Leonice da Paz, do PMDB. No primeiro caso, um pastor da Universal do Reino de Deus teria induzido os fiéis a votarem em Mendes, um dos membros da comunidade. No segundo, na Assembleia de Deus Ministério de Madureira, foi pedida uma quantidade de orações que coincide com o número de Leonice.
Os dois foram procurados pela reportagem. O bispo não foi encontrado e a peemedebista não enviou resposta até o fechamento da reportagem. O advogado especialista em Direito Eleitoral, Guilherme Pessoa Franco, diz quais são as sanções caso haja condenação após os julgamentos.
Segundo ele, mesmo que a propaganda eleitoral não esteja clara e evidente, há precedentes que possam configurar alguma punição. Entre os locais onde há proibição de propaganda eleitoral estão ainda escolas, clubes, e cinemas com previsão de multa de R$ 2 mil a R$ 8 mil.