O volume de cigarros ilegais vendidos em Campinas cresceu 50% entre 2010 e 2015, segundo dados do Ibope Inteligência. O índice fica acima da média estadual, que foi de 47%.
Na cidade, em 2014, a participação do mercado ilegal nas vendas era de 26% e em 2015, passou para 37. Na região central é fácil encontrar esses cigarros falsificados.
Nós estivemos no entorno do terminal Mercadão e embora eles não estivessem expostos, encontramos em uma banca que tinha perfumes, relógios e enfeites. Eles estavam guardados em uma gaveta, vendidos a R$ 3.
No próprio centro de Campinas, encontramos cigarros originais por cerca de R$ 8.
E quando falamos de valores, tem a questão de impostos, que não são recolhidos no comércio ilegal. Estima-se que Campinas tenha deixe de arrecadar em torno de R$ 2,5 milhões. Edson Vismona que é presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade reforça o prejuízo para a cidade, para a saúde e o fato de alimentar a criminalidade.
Em setembro deste ano, duas pessoas foram presas no Jardim Guarani com uma grande quantidade de cigarros falsificados e R$ 50 mil que eles confessaram ser provenientes da venda desse produto, que era comercializado no centro de Campinas.
O problema é também regional. Em fevereiro, uma carga de cigarros avaliada em mais de R$ 2 milhões foi apreendida em Valinhos, com a prisão de dois homens. Os cigarros tinham marcas do Paraguai, como os encontrados pela reportagem no centro de Campinas.
Um dado Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade aponta que no estado de São Paulo a líder de vendas é exatamente uma marca de cigarros falsificados – ela tem 25% do mercado.
