Diante do decreto de calamidade financeira, o prefeito de Americana, Omar Najar do PMDB, traça o cenário que justifica a medida – ele fala em queda na arrecadação e o peso do quadro de funcionários, na cidade do interior de São Paulo.
Najar cumpre mandato tampão. Ele assumiu a prefeitura em 2014, após crise política que culminou na cassação do chefe do executivo, Diego Denadai, do PSDB.
Omar Najar foi reeleito com 72% dos votos. Para ele isso é respaldo para tomar ações como a de mais cortes de funcionários. Isso pode atingir até duas mil pessoas. O decreto permite, inclusive, o corte de concursados.
O sindicato dos servidores de Americana não aprovou o decreto, com preocupação com quadro de desemprego na cidade que já sofre em áreas do comércio e do pólo têxtil.
Afirmou que se ocorrerem demissões fora da lei, envolvendo os concursados, vai entrar na justiça.
Além da possibilidade desses cortes, o decreto permite a interrupção de pagamentos e uso de recursos de outras pastas para quitar dívidas. Os débitos com fornecedores chegam a R$ 90 milhões, além de uma dívida com INSS em R$ 700 milhões.
O decreto é deste dia 1 de outubro, válido por 120 dias, que podem ser prorrogados.