O orçamento de Campinas previsto para 2017 foi discutido em uma audiência pública marcada por discussões na Câmara de Vereadores. Quando o Plenário da Casa começava a esvaziar depois de ficar lotado, a sessão teve que ser suspensa por alguns minutos em dois momentos.
O primeiro bate-boca começou no público, depois que um dos presentes se dirigiu a um grupo que deixava o local perto do fim da audiência. O presidente da comissão de Constituição e Legalidade, Thiago Ferrari, do PTB, teve que interromper a fala do vereador Vinícius Gratti, do PSB.
Depois que a situação se acalmou, os vereadores do PSDB, Marcos Bernardelli, e do PT, Pedro Tourinho, iniciaram uma nova discussão. Com mais vaias e gritos e troca de ofensas no Plenário, Ferrari voltou a suspender a sessão, que só foi retomada cerca de dois minutos depois.
Entre os dados que foram apresentados antes das interrupções, estão os montantes previstos para o Transporte, com aumento acima de 126%. São R$ 259,9 milhões, R$ 145 milhões a mais do que em 2016. A variação, segundo o Executivo, tem relação com os recursos para o BRT.
No setor de Educação, a Administração prevê uma destinação de R$ 961,9 milhões, 4,4% e R$ 44,7 milhões acima dos recursos deste ano. Já a Saúde, terá diminuição de 2,4%, com R$ 30 milhões a menos, totalizando R$ 1,2 bilhão, o que representa 24,3% de todas as receitas. A explicação dada é de que um aporte justamente de 30 milhões viria do Governo do Estado, valor que ainda não poderia ser incluído.
No total, são previstos 5,3 bilhões de reais em receitas para o ano de 2017, alta de 6,5% sobre os 5 bilhões de 2016. Ainda assim, os números não indicam aumento real, porque o índice de inflação deve fechar em dezembro em 7,3%, segundo o Banco Central. Depois desta primeira audiência, existe a expectativa de que a primeira votação sobre o orçamento ocorra já no dia 9 e a segunda no dia 21.
