A chance de cura da leucemia chega ao índice de 70 a 80% quando os pacientes são submetidos a exames clínicos. O problema é que eles só são feitos em 1% dos casos, nos demais as chances caem para quase metade. Quem detalhe isso é a presidente do Centro Infantil Boldrini, Silvia Brandalise, que coordenou uma pesquisa sobre o assunto.
Diante dessa constatação, se defende a necessidade de políticas públicas para inserção do protocolo no tratamento da leucemia, que é o principal câncer que atinge as crianças. Na avaliação da média Brandalise falta vontade política, além de questões culturais e resistência.
O Centro Boldrini e outros 24 hospitais especializados em câncer infantil no Brasil seguem o protocolo. Esse procedimento é aplicado desde anos 1980 e foi inspirado em métodos americanos.
Em 1979, a chance de cura da leucemia era de apenas 1%, em 1982 subiu para 40% e em 2016 atingiu os 80% dos centros especializados.
O estudo que foi publicado internacionalmente mostra ainda que é possível reduzir o período de quimioterapia, adotando os exames clínicos.