A Comissão de Direitos Humanos da OAB Campinas criticou a transferência de detentos do Centro de Progressão Penitenciária de Bauru para o CPP de Hortolândia.
A transferência foi realizada depois da rebelião na terça-feira em que 152 detentos fugiram e até a tarde de quarta-feira, 110 tinham sido recuperados. Embora a Secretaria de Administração Penitenciária não fale sobre o assunto, funcionários do complexo penitenciário Campinas-Hortolândia afirmaram que, pelo menos, oito caminhões chegaram durante a madrugada na unidade.
O Presidente da Comissão da OAB Campinas, Paulo Cesar da Silva Braga, classificou como uma bomba relógio a situação do complexo Campinas-Hortolândia
No complexo funcionam dois Centros de Progressão Penitenciária. O de Campinas tem capacidade para 1446 detentos e abriga 2452. Já no de Hortolândia a capacidade é para 1036 mas hoje estão no local 1469 detentos, exceto os transferidos de Bauru, cujo número não foi divulgado pela Secretaria.
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, o Estado apenas transferiu o problema de Bauru para a região de Campinas.
De acordo com dados da Secretaria de Administração Penitenciária, em Bauru, as três unidades de CPP somam 6481 detentos sendo que a capacidade é para 4540 pessoas.