A crise econômica enfrentada pelo Brasil afetou não apenas o orçamento das pessoas, mas obrigou uma parcela significativa da população que pagava por determinados serviços a buscar alternativas oferecidas pelo poder público. Em Campinas, por exemplo, a procura por atendimento médico no SUS aumentou, já que houve trabalhadores que foram demitidos no período e perderam o plano de saúde. Muitos pais também deixaram de pagar creche particular para os filhos e estão em busca de vagas nas unidades da prefeitura.
A estimativa é de que somente no ano passado, 2 mil crianças passaram da rede particular para a pública. A situação é preocupante porque, segundo o Ministério Público, o déficit de creches em Campinas aumentou 33,8% no período entre janeiro e outubro do ano passado. O número passou de 5,9 mil para 7,9 mil. De acordo com a secretária de educação de Campinas, Solange Pelicer, o momento é muito complicado, porque a crise que afeta a população é a mesma que afeta a administração, já que as receitas também diminuíram no mesmo período.
Segundo informações da prefeitura de Campinas, nos últimos quatro anos foram criadas 5,5 mil vagas na educação infantil. A escola de educação infantil do Jardim Estela será reativada e as unidades do Aparecidinha, Eldorado e Abaeté serão inauguradas. A administração informou ainda que serão construídas creches no Nova Europa e no Residencial São Luiz.