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Especialistas temem ações de facções criminosas pelo país e criticam superlotação dos presídios

A morte de 60 presos durante a rebelião do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, jogou luz sobre uma realidade que é conhecida de todos, inclusive das autoridades: a superlotação nos presídios brasileiros e o domínio das facções criminosas dentro das unidades.

Um relatório do Governo Federal mostra que o Brasil é o quarto maior país em termos de população carcerária, com mais de 620 mil detentos, atrás apenas de Estados Unidos, China e Rússia.

O secretário-geral da OAB-Campinas, Paulo César da Silva Braga, teme que confrontos entre facções rivais se espalhem pelo país e também ocorram nos presídios da região de Campinas.

Segundo ele os complexos de Franco da Rocha, na grande SP, e o Campinas-Hortolândia, são dois que podem trazer sérios problemas ao Estado em pouco tempo. Ele defende a criação de novas unidades.

Um levantamento da CBN Campinas com base em dados divulgados pela Secretaria de Administração Penitenciária revela que no Complexo Campinas Hortolândia a superlotação chega a 250% de sua capacidade. Nas seis unidades a capacidade é para 4148 detentos mas abriga hoje 10.422 pessoas. Já em Franco da Rocha, a capacidade das quatro unidades é para 4591 detentos mas abriga 9464 detentos.

Para o Diretor Presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, não adianta apenas a criação de novos presídios se não houver espaços para a ressocialização dos detentos. Para ele, enquanto facções criminosas continuarem ditando as regras nas unidades os Estados  ficarão refém dos criminosos.

No estado de São Paulo 17 unidades penitenciárias estão em construção. Na região de Campinas,  um Centro de Detenção Provisória está sendo construído na Rodovia Estadual Luiz Ometto, SP 306, km 32, em Limeira

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