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Garoto morto em chacina familiar disse que mataria o pai quando crescesse

O garoto João Victor Filier de Araújo, de 8 anos, assassinado pelo pai durante a chacina familiar que aconteceu na virada do ano, em Campinas, dizia às professoras da escola onde estudava que não gostava do pai, e que o mataria quando crescesse.

Tatiana Ferreira foi professora do menino em 2015, na escola Vivendo e Aprendendo. De acordo com ela, os únicos autorizados a buscar a criança na escola eram a mãe do menino e o perueiro contratado. Em uma conversa por ocasião do Dia dos Pais, Tatiana percebeu a revolta contra Sidnei Ramis de Araújo, autor da chacina.

Para a psicóloga forense, Maria de Fátima dos Santos, são levantadas duas hipóteses: a de alienação parental, e a possibilidade do pai ter violentado o filho.

Segundo a especialista, a hipótese de alienação parental pode ser descartada a partir das informações dadas pela professora de João Victor.

Pela forma que o crime foi executado, de maneira premeditada,fica descartada também a insanidade do autor. A chacina familiar foi uma espécie de vingança, conforme explica a psicóloga forense.

Em 2012, a ex-mulher acusou o homem de abusar sexualmente do filho do casal. Na ocasião, a Justiça considerou que as acusações “não eram cabalmente comprovadas”, mas estipulou regras de convívio restritas.

Cartas e áudios gravados foram deixados pelo técnico de laboratório, na tentativa de justificar o crime. O material contém declarações de que as acusações de que teria abusado da criança são mentira, diz ter sido vítima de uma injustiça e que não conseguia mais “suportar tudo isso”. Ao se referir à Isamara Filier, à mãe dela e outras mulheres da família, Sidnei usa a palavra “vadia”, e revela os planos de matá-las.

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