Marco Carnicelli reclama que o cemitério Parque das Flores, no Jardim São Judas Tadeu, em Campinas, não possui estrutura para receber pessoas com mobilidade reduzida. Segundo ele, o problema é antigo. Ele enumera todas as dificuldades. Além da falta de rampas, diz que os acessos entre as quadras tem buracos que dificultam o trajeto e que já causaram até mesmo a quebra da cadeira de rodas da mãe dele.
Mesmo ressarcido na ocasião, demonstra indignação após inúmeras solicitações sem qualquer solução e ainda relata o constrangimento por ser obrigado a auxiliar a mãe a entrar e usar o banheiro feminino. A administração do cemitério foi procurada pela produção. Sidnei do Amaral, gerente do Parque das Flores, disse que tem um projeto para adequar o local às necessidades das pessoas com mobilidade reduzida.
Mas a situação não é muito diferente nos cemitérios públicos de Campinas, já que os caminhos entre as quadras dos túmulos também apresentam pontos danificados e tem necessidade de adaptação total. Mesmo com rampas nas entradas principais, das salas de velórios e das áreas dos túmulos, ainda falta acessibilidade nas partes internas mais distantes.
No Cemitério da Saudade, isso afeta cadeirantes e idosos. Os carrinhos para o transporte dessas pessoas nem sempre estão disponíveis e por isso muitos deixam de acompanhar os sepultamentos. O problema é ainda maior para deficientes visuais, já que falta piso tátil na maior parte do espaço, a exemplo do Cemitério do distrito de Sousas.
No Amarais, por outro lado, os acessos são melhores e as rampas são vistas por toda parte, principalmente próximos aos portões do local. Consultada, a Setec, autarquia responsável pelos cemitérios públicos, alegou que todos os lugares já passaram por obras de acessibilidade.