Representantes de 30 entidades e ONGs que atuam na defesa pela igualdade e pelo fim da violência contra a mulher realizaram uma manifestação no Centro de Campinas no início da noite desta quinta-feira. O ato teve como motivo principal a chacina registrada em Campinas na noite de réveillon, quando 12 pessoas foram mortas a tiros pelo técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araújo, que se matou em seguida. Nove das vítimas eram mulheres. Além do crime brutal, as cartas deixadas pelo assassino também chocaram, uma vez que ele expôs ódio de gênero e machismo.
O ato teve como proposta sensibilizar e informar sobre o feminicídio, crime de ódio em razão do gênero, ou seja, por menosprezo ou discriminação à condição de ser mulher. Além disso, elas cobraram as autoridades para que a chacina tenha uma investigação aprofundada. De acordo com a integrante do grupo de mulheres põe Rosas, Marie Cristina Castanhedo, a realidade das mulheres do país chegou a um nível insustentável. A representante do grupo Mais, Luma Féboli, disse que as mulheres brasileiras estão sendo mortas diariamente e a chacina registra em Campinas é apenas um desses crimes hediondos.
O ato pacífico realizado pelas mulheres contou ainda com uma passeata pelas ruas do Centro de Campinas e a distribuição de um manifesto à população alertando sobre a gravidade do problema.
