Duas escolas de educação infantil de Campinas tiveram seus horários de funcionamento reduzidos por falta de estrutura. As unidade Professora Else Feijó Gomes, localizada no Parque Campinas Grande, e professora Hermínia Ricci, na Vila Padre Manoel de Nóbrega, adotaram a medida que deixou revoltados os pais de alunos. Além das crianças passarem menos tempo na escola, a situação dificulta a vida dos responsáveis, que em geral estão trabalhando e não têm condições de buscar os filhos num horário mais cedo.
No caso da escola do Parque Campina Grande, a diretoria da unidade informou que as crianças poderiam ficar apenas no horário entre 7h e 9h, porque não há alimentos para a preparação do almoço. Apenas o café da manhã é servido. Karen Tonucci Cavalcante é mãe de aluna e disse que a situação é revoltante, porque o problema não está limitado apenas à merenda, mas também a limpeza e segurança.
Já na escola que fica na Vila Padre Manoel de Nóbrega, a redução da carga horária se deu por falta de segurança. O pai de uma aluna da escola Hermínia Ricci, Gilliard Gomes da Silva, afirmou que a diretoria da unidade se reuniu com os responsáveis e afirmou que o encerramento diário das atividades será às 16 horas e não mais às 18 horas. Ele disse que a justificativa apresentada é de que o único segurança que trabalha na escola encerra seu turno neste horário.
O diretor pedagógico da secretaria de educação de Campinas, Juliano Pereira de Melo, afirmou que a administração municipal está finalizando os novos contratos para a prestação de serviços de zeladoria nas escolas Municipais de Campinas e que por isso, algumas unidades estão fechando mais cedo. Segundo ele, a situação deve ser regularizada até nesta quarta-feira. Porém, o diretor pedagógico negou que a redução da carga horária nas escolas é maior do que uma hora e que não há registro de falta de alimentos ou de segurança nas unidades.