Centenas de pessoas participaram de um ato público contra reforma da previdência proposta pelo Governo Federal no centro de Campinas, no início da noite desta quarta-feira. O encontro fez parte do dia nacional de lutas e paralisações contra as reformas da previdência e trabalhista, que aconteceram em todo o país. Os manifestantes se reuniram na praça em frente à Catedral Metropolitana de Campinas e logo em seguida partiram para uma passeata no centro da cidade. Durante o percurso, os manifestantes foram acompanhados pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal. Nenhum incidente foi registrado.
De acordo com o secretário geral da Central dos Trabalhadores do Brasil, Paulo José Nobre, os atos registrados em todo o Brasil nesta quarta-feira é apenas o primeiro passo para uma greve geral no país, caso o Governo Federal não retire a proposta de reforma da previdência. As auditoras da Receita Federal Célia Regina Prieto e Mariane Botelho foram às ruas para protestar contra a reforma, que vai prejudicar principalmente as pessoas mais pobres. Segundo elas, a previdência no Brasil é superavitária.
Em Campinas foram vários atos realizados ao longo do dia. O Sindicato dos Metalúrgicos realizou protestos em várias cidades da região, orientando os trabalhadores a paralisarem as atividades em empresas de Campinas, Hortolândia e Indaiatuba. Os professores da rede estadual de ensino também manifestaram no centro da cidade com uma passeata. Na refinaria de Paulínia trabalhadores terceirizados paralisaram as atividades por 24 horas, enquanto os petroleiros contratados diretamente pela Replan voltaram ao trabalho após 5 horas de protesto. Na Unicamp, os estudantes realizaram um ato fechando as entradas que dão acesso à universidade.
