O terreno desocupado no Jardim Capivari, em Campinas, deve dar lugar a um condomínio de apartamentos populares do “Minha Casa, Minha Vida”. A informação é de uma das sócias da empresa proprietária, que afirmou ainda que a área agora deve ser cercada de maneira definitiva.
O espaço virou motivo de preocupação para os vizinhos após a reintegração de posse cumprida pela Polícia Militar no dia 28 de março. Com a remoção das cerca de 600 famílias da Ocupação Mandela, os moradores da região temem que o lugar volte a ser usado como lixão. A movimentação de operários com escavadeiras e tratores levantou questionamentos da população sobre o que poderia ser feito no terreno.
A Cerâmica Argitel foi questionada e disse por e-mail que o contrato para a construção das moradias foi firmado antes do início da ocupação. Segundo nota de uma das sócias, a reintegração foi pedida devido a uma cláusula do documento que impedia qualquer tipo de construção na área. Com isso, o fechamento definitivo do espaço deve ser concluído depois da limpeza total para que a entrega seja feita ao Governo Federal.
O Ministério das Cidades foi procurado e informou que o processo de seleção de propostas foi aberto a partir de uma portaria de 24 de março. De acordo com a nota, portanto, ainda não houve tempo hábil para análise e remessa dessas propostas de projetos habitacionais ao Ministério. A Cohab também foi questionada, alegou que apenas administra o cadastro habitacional e que não tem detalhes de qualquer projeto.