Uma paralisação dos funcionários do Hospital Ouro Verde em Campinas afetou o atendimento na unidade na manhã desta segunda-feira. O ato foi feito com carro de som e faixas na porta do local e atingiu principalmente os setores de enfermagem, administração e manutenção.
A recepção do pronto-socorro teve fila, a sala de espera ficou lotada e muita gente teve que aguardar nos bancos do lado de fora. Francisco Luís, operado recentemente e sentindo dores, era um deles. Janaína Xavier se preocupava com a mãe, internada após um AVC.
O motivo da greve é uma dívida de R$ 10 milhões. Os trabalhadores cobram do hospital a regularização de uma série de direitos. Os salários estão em dia, mas o diretor do SinSaúde, Paulo Sérgio Pereira, diz que férias e rescisões, por exemplo, não são pagas. Ele se reuniu com representantes da direção da unidade, mas nenhuma proposta foi feita e por isso a paralisação deve continuar.
Mas o problema, segundo ele, é que existe um impasse entre a gestora e a Prefeitura de Campinas sobre o motivo da dívida trabalhista. A Vitale Saúde, responsável pelo Hospital Ouro Verde, alega que a Administração Municipal teria atrasado o repasse de um valor. O Executivo nega e as duas partes se reuniram para discutir uma solução com o Ministério Público e o sindicato no dia 30 de março.
A empresa não se manifestou até o fechamento da reportagem. Já o Poder Municipal voltou a dizer que os repasses estão em dia. O comunicado justifica que “a questão da sub rogação está sendo discutida” entre as partes e que “tem buscado alternativas”. Por fim, afirma que a paralisação dos funcionários não causou prejuízo no atendimento à população nesta manhã de segunda-feira.
