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Diretora do Boldrini rebate acusação do Ministério da Saúde de que entidade agiu com má fé em teste de medicamento para Leucemia

Foto: Divulgação

A médica oncologista e Diretora do Centro Infantil Boldrini de Campinas, Silvia Brandalise, defendeu a entidade nessa terça-feira depois que o Ministério da Saúde, em nota publicada em seu portal, buscou desqualificar o Boldrini dizendo que o Centro agiu de má-fé ao apresentar o laudo de um teste do medicamento chinês Leuginase, usado no tratamento contra a leucemia linfoide aguda.

O Leuginase começou a ser importado pelo Ministério da Saúde mas tem sido questionado por médicos oncologistas que dizem que o medicamento não é confiável já que não tem publicações científicas que atestem sua segurança. No teste divulgado pelo Boldrini é apresentado que o Leuginase apresentou um nível de proteínas acima do permitido. Questionado a respeito da publicação do Ministério da Saúde, Brandalise rebateu a acusação do Governo

Ela ressaltou também que o Laboratório de Espectrometria de Massas, do Laboratório Nacional de Biociências é referência para a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Sendo assim, o governo não teria motivo para duvidar da segurança dos testes.

Ela se disse surpresa com o descrédito apresentado pelo Ministério da Saúde com o Boldrini, referência na América Latina em relação ao tratamento do câncer infantil

Para o tratamento das crianças com leucemia o Boldrini usa o Modac, medicamento alemão em parceria com o governo japonês que tem cerca de 30 anos de existência no mercado. Enquanto o Leuginase custa cerca de R$ 40,00, o Modac sai por quase R$ 230,00. Por conta própria, a diretoria do Boldrini está fazendo a importação do remédio alemão mas está com receio que o Ministério não libere a importação.

Em nota o Ministério da Saúde informou que é característica de um produto biológico apresentar traços de proteínas. Isso, no entanto, não indica que esses elementos são prejudiciais aos pacientes. Disse também que a Fundação Oswaldo Cruz está realizando um teste para apurar a qualidade do medicamento e que os dados preliminares mostram que o medicamento chinês tem ação enzimática na degradação da asparagina. Declara ainda que 11 estados brasileiros já estão utilizando o medicamento e que até o momento, não houve nenhum efeito diferente do esperado pela literatura disponível. Por fim, afirma que a compra do Leuginase cumpriu exigências da lei de licitações e não sofreu impugnações.

 

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