Após ficar fechado por 24 horas entre a tarde de quinta e sexta-feira da semana passada, o Pronto Socorro Adulto do Hospital de Clínicas da Unicamp reabriu e nesta segunda-feira, a busca por atendimento estava tranquila. Dentro da unidade que chegou a ter 70 pacientes em macas pelos corredores, o número caiu para 32, sendo a capacidade em 28.
Como ainda funciona acima da capacidade, a recomendação é que apenas casos de urgência procurem o HC. Senão, tem que passar por triagem e dependendo da classificação do paciente, isso pode demorar. Maria dos Santos estava de acompanhante e sem certeza de que o paciente seria atendido.
No Pronto Socorro Infantil do HC a situação era mais tranquila – dos 12 leitos, metade estava ocupada. O PS pediátrico também chegou a fechar devido à superlotação na UTI, mas foi reaberto na semana passada, após sete dias de restrição. A unidade de terapia intensiva está na capacidade e nesta semana, a recomendação é mesma –apenas casos de urgência.
Helena Ferreira Martins que levou o filho de quatro anos teve que passar pela avaliação, mesmo com encaminhando, já que Artur é paciente da Unicamp.
No local, a reportagem constatou que pacientes em estado mais grave, foram prontamente atendidos.
Porém, a situação que chegou a fechar o PS da Unicamp na sexta-feira, dia 26, pode acabar na justiça.
A família da empregada doméstica Marlene de Lourdes Nunes que morreu naquela manhã acusa o HC de negligência, já que segundo familiares, ela teria buscado atendimento no local com dores no peito e não teria sido atendida, nem mesmo na triagem.
A assessoria de imprensa do Hospital informou que não há registro de que Marlene tenha procurado a unidade naquela data, mas irá investigar o caso, inclusive, usando imagens das câmeras em frente ao local.
A mulher de 49 anos morreu no CS Costa e Silva.
