Um levantamento realizado nas 70 delegacias seccionais do estado de São Paulo apontou a precarização de todas as unidades. Campinas não foge a regra e as duas seccionais do município apresentam problemas estruturais, de recursos humanos e de investimento. A análise foi feita pelo Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, que visitou todas as delegacias nos últimos 40 dias.
No caso de Campinas, há uma defasagem de 51% no número de escrivães, de 20% entre os investigadores, 63% de papiloscopistas, 72% de auxiliar de papiloscopista e 40% de agentes policiais. Segundo o sindicato, hoje são 92 escrivães em Campinas, mas deveriam ser 185 profissionais. São 214 investigadores, quando o mínimo para a cidade deveria ser 267. De acordo com a presidente do sindicato, Raquel Kobashi Gallinati, a situação é tão grave que esta defasagem está relacionada aos números do ano de 1994, quando a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo realizou uma readequação do quadro de funcionários do setor pela última vez.
A presidente do sindicato disse ainda, que a inauguração das segundas unidades da delegacia seccional e da delegacia de defesa da mulher em Campinas não representou melhoria no atendimento a população. Raquel Kobashi Gallinati afirma que não houve contratação de profissionais para as novas delegacias e sim um remanejamento de policiais de outros departamentos da cidade. O relatório sobre a situação das delegacias seccionais do estado de São Paulo será encaminhado para o governador Geraldo Alckmin.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi procurada para comentar os relatório do sindicato, mas não enviou resposta até o fechamento da reportagem.
