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Anticonvulsivo está em falta na rede de saúde de Campinas

Vanessa Araújo não encontra o anticonvulsivo Depakene na rede municipal de saúde de Campinas. Ela e a filha de 11 anos consomem ao todo 4,5 doses todos os dias. A Prefeitura reconhece o problema em toda a cidade. Além do CS do Jardim Esmeraldina, onde costuma pegar o medicamento todo mês, a mulher de 36 anos também procurou as unidades do Santa Odila e da Vila Ipê. Sem sucesso, confirmou a informação através da internet.

A incerteza começou no início de junho. Desde então, ela convive com o risco de ter uma convulsão a qualquer momento e se preocupa ainda mais com a filha. Como alternativa, consultou o médico, já que as doses das duas são diferentes. Os vidros com o medicamento líquido tomado pela criança ficaram vazios e por isso foi recomendado que as cartelas de comprimidos fossem divididas. Pra piorar, o valproato de sódio custa em média 55 reais nas farmácias particulares.

Vanessa tem crises desde os 13 anos e toma três doses por dia. A filha sofre com as convulsões desde que nasceu e precisa de 1,5. O médico neurologista da PUC-Campinas, doutor Luis Belini, explica quais são os riscos. Expostas a possibilidade de acidentes durante uma queda, por exemplo, elas podem ficar sem a ação do medicamento caso haja a redução diária. Se a interrupção for total, no entanto, o funcionamento no organismo pode demorar. Em nota, a Prefeitura de Campinas reconheceu que o estoque do Depakene (valproato de sódio) 500 gramas está zerado. Segundo o Executivo, o processo de compra foi iniciado e o medicamento deve ficar disponível no final de julho.

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