Após a suspensão da emissão de novos passaportes, o movimento foi normal na unidade da Polícia Federal no Shopping Parque das Bandeiras, em Campinas. Em meio a incerteza, quem seguiu a orientação do órgão e procurou normalmente o atendimento foi informado pelos agentes sobre a situação atual. Antônio Carlos Cirino está com viagem marcada. Em agosto, embarca para Orlando, nos Estados Unidos. Paciente, diz acreditar na retomada até lá.
A PF justifica que a medida foi necessária porque o limite do gasto autorizado na Lei Orçamentária da União foi atingido, o que impede que o serviço continue. A volta depende da aprovação de um projeto de lei. Mas enquanto isso não for feito, a suspensão cria apreensão entre a população antes do período de férias. O presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, Carlos Eduardo Sobral, fala em constrangimento e alega que o Governo foi avisado.
Ao todo, 11 mil documentos são liberados diariamente em todo o País, volume que não pode mais ser suportado devido a limitação regulamentada pela União. Os únicos passaportes que continuam a ser emitidos nos postos de todo o Brasil são aqueles considerados de emergência, por motivo de saúde ou trabalho. Diante do impasse, o Governo Federal propôs ao Congresso a abertura de um crédito suplementar de R$ 102,4 milhões. O aporte deve ser votado nos próximos dias.
