O corte de 50% nos recursos da Secretaria de Serviços Públicos deixa a população de Campinas desconfiada. O motivo é o grande volume de reclamações sobre a falta de limpeza em praças, jardins e áreas verdes. Atribuída à crise e à queda na arrecadação, a mudança vale para este semestre e deve diminuir de 35 para 22 o número de equipes e de 800 para 500 o de ações mensais. Por isso o medo é de que a alteração piore as condições pela cidade.
No Jardim Leonor, por exemplo, a preocupação é com o mato alto na Praça Sílvio Romero, que fica entre as ruas Ibitinga e Aníbal Ferreira. Paulo Henrique Rodrigues teme que a situação atraia animais peçonhentos e cause doenças. A poda de árvores também é lembrada por Joaquim Salvatto, que sofre com duas paineiras infestadas por cupins na frente de casa. Mesmo solicitando a remoção há mais de um ano, diz que ainda espera por uma solução definitiva.
Mas o responsável pela Pasta de Serviços Públicos, Ernesto Paulela, nega que existam pedidos não atendidos por mais de 12 meses. De acordo com ele, mesmo com a demanda alta, todos os pedidos são atendidos pelas equipes. Questionado sobre a redução no orçamento e o reflexo disso no trabalho diário, justifica que as equipes serão reagrupadas com base nas prioridades, mas reconhece que a frequência nos atendimentos deve diminuir até o fim do ano. Publicada no Diário Oficial no início de julho, a redução no orçamento foi justificada pelo Executivo Municipal como forma de atender a Lei de Responsabilidade Fiscal. A economia é estimada em R$ 33 milhões.
