Apenas 9% das bibliotecas públicas municipais possuem serviços voltados a pessoas com deficiência, de acordo com uma pesquisa da FGV, encomendada pelo Ministério da Cultura. Em Campinas, existem seis bibliotecas e somente uma delas está adequada aos deficientes, com obras em braile. Nas demais, o acervo é muito limitado. Na biblioteca Cora Coralina, por exemplo, na Vila Padre Anchieta, apenas um título sobre direito do consumidor está disponível em braile, de acordo com a atendente.
A de Sousas, nem está funcionando. A biblioteca do distrito está com as atividades suspensas desde o final do ano passado porque o contrato de locação não foi renovado por causa do valor de reajuste do aluguel. Na Biblioteca Joaquim de Castro Tibiriça, no Bairro Bonfim, que reabriu após fechamento para realização de inventário do acervo no mês de julho, a bibliotecária Mônica de Araújo Ferreira Martins, relaciona um acervo de títulos em braile infantis, conquistado em parceria com fundação Dorina Nowill.
A única que possui um acervo relevante de títulos em braile em Campinas é a Biblioteca Municipal Professor Ernesto Manoel Zink, instalada em 1986, na Avenida Benjamin Constant, atrás da Prefeitura. De acordo com o chefe de setor da Biblioteca, João Henrique Cuelbas, o local possui em torno de mil títulos em braile, que ocupam cerca de três vezes o espaço de publicações regulares.
Segundo ele, a situação será ideal com a chegada de uma impressora em braile, capaz de imprimir os livros na versão adaptada. Ainda não há uma data prevista para a chegada do equipamento. A coordenadoria setorial de bibliotecas, da secretaria de cultura, informou que todas as bibliotecas de Campinas possuem livros em braile. Informou ainda que a Biblioteca de Sousas está em processo de avaliação de imóvel, com previsão de reabertura para ocorrer o mais breve possível.
