Uma audiência pública para discutir a alienação do Instituto Biológico campineiro e de outros terrenos estaduais aconteceu nesta sexta-feira (25/08), no Parque Ecológico em Campinas, no interior paulista. A discussão está dentro do Fundo de Investimento Imobiliário do Estado de São Paulo lançado neste final de agosto pelo governador Geraldo Alckmin.
A intenção é colocar os espaços à venda, o que foi autorizado pela Assembleia Legislativa 2016, que estipulava em R$ 1,43 bilhão o valor total das áreas passíveis à alienação.
Nos espaços científicos, como o Instituto Biológico, há a insatisfação da comunidade científica. A Associação dos Pesquisadores do Estado chegou a tentar impedir a realização da audiência na Justiça, mas a liminar foi negada e o encontro ocorreu reunindo representantes do governo estadual e acadêmicos.
Rubens Rizek que é Secretário Adjunto de Agricultura reforçou que a situação econômica leva a opção pela venda. Ele tentou convencer que isso pode ainda ajudar a financiar pesquisas.
Durante a audiência, vários pesquisadores falaram em perdas históricas com a venda do Instituto Biológico. O Secretário adjunto, Rubens Rizek, disse que tudo foi pensado para minimizar os prejuízos para área.
A comunidade científica destacou o que já foi produzido e o que poderá ser produzido, independente do momento atual. Outra crítica ao processo de alienação especificamente do Instituto é a de que os pesquisadores não teriam sido consultados, como relatou o presidente da Associação, Joaquim Adelino Azevedo Filho. Ele acrescentou a falta de debate quanto ao futuro por parte da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, a Apta.
Em Campinas, além do instituto, outros dois imóveis do Estado devem ser colocados à venda: um terreno no Conjunto Residencial Padre Anchieta e uma fazenda, no km 123 da Rodovia Dom Pedro.
Esse é primeiro fundo imobiliário público do país. Na prática, haverá responsáveis administrando e operando a carteira de imóveis do Estado. As atividades devem começar com 267 unidades de um estoque de mais de 5 mil, em todas as regiões do estado de São Paulo.