Centenas de pessoas passaram pela praça em frente a Catedral Metropolitana de Campinas nesta sexta-feira para receberem atendimento e treinamento gratuito para prevenção de doenças cardíacas. A proposta do projeto, desenvolvido pelo Hospital Vera Cruz, em parceria com a ACIC, é fazer com que pessoas que morem ou trabalhem em áreas de grande fluxo possam principalmente identificar um infarto ou engasgamento e saibam o que fazer até que o socorro especializado chegue.
Estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia apontam que ao ocorrer um infarto, para cada um minuto sem medidas básicas de suporte à vida perde-se 10% de chance de salvar o paciente. Depois de 10 minutos, pode haver sequelas irreversíveis. No Brasil, a falta de conhecimento da população em geral faz com que a chance de um paciente sobreviver a um infarto em área pública chegue a apenas 6,5%. Nos Estados Unidos, por exemplo, há regiões nas quais esse índice chega a 70% graças ao treinamento do maior número de pessoas.
O treinamento teve duração de 1h30 e o interessado aprendeu como proceder em casos de infartos e paradas cardíacas, desenvolvendo a técnica da massagem torácica e o uso do desfibrilador.Eles também receberam instruções sobre o que fazer quando bebês engasgam.O cardiologista do Hospital Vera Cruz, Sílvio Gioppato, afirma que na região da Rua 13 de Maio, em Campinas, circulam milhares de pessoas diariamente e por isso, a chance de alguém sofrer um infarto ou parada cardíaca ali é grande. Ele explica que se houver alguma pessoa com conhecimento básico sobre primeiros socorros, pode fazer a diferença para salvar a vida da pessoa. A professora Marli Aparecida Oliveira passou pelo treinamento e acredita que o conhecimento sobre as técnicas de primeiros socorros deveria chegar ao maior número de pessoas possível.
Paralelo a isso, a população em geral recebeu atendimento médico para fazer testes simples, como glicemia, colesterol e diabetes. Para essa atividade, a procura pelo atendimento surpreendeu a organização do evento. O presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, Alessandro Franjotti Chagas, comemorou a grande presença do público, que recebeu informações importantes sobre a preservação da vida. Douglas Pereira da Cunha passava pelo Centro e aproveitou para fazer o atendimento. Ele disse que o ideal seria se esses tipos de eventos acontecessem com mais frequência. A procura pelos serviços oferecidos foi tão grande, que apenas em duas horas, 150 pessoas já haviam sido atendidas.
