A administração municipal enviou para a Câmara um projeto de lei que prevê a reestruturação da Campanha de Popularização do Teatro de Campinas, que passaria a ser organizada exclusivamente pela secretaria de cultura do município. O texto provocou uma reação da Associação dos Produtores Teatrais de Campinas, que atualmente é responsável pelo evento.
A campanha foi criada através de uma lei municipal há 30 anos, que dava a APTC o direito de organização. Porém, a administração municipal viu a necessidade de readequação da legislação, já que neste período, os grupos e companhias teatrais de Campinas cresceram consideravelmente. Como muitos deles não são filiados à associação, a participação no evento público se tornou restrita. Para o presidente da APTC, Tom Crivelaro, o evento está consolidado no roteiro cultural de Campinas e é sucesso há mais de 30 anos. Segundo ele, com a imposição da mudança da responsabilidade pela organização da Campanha, a prefeitura estaria roubando um dos eventos mais populares de Campinas.
O secretario de cultura de Campinas, Ney Carrasco, disse que a campanha foi criada através de uma lei municipal há mais de 30 anos e passou a ser desenvolvida em parceria com a APTC, que até então era a única associação que havia na cidade. O fato é que os grupos teatrais cresceram durante este período e, como o evento é público, cabe a administração municipal tornar o processo mais democrático. Ney carrasco rebateu as afirmações de que a prefeitura estaria roubando a campanha, uma vez que ela foi criada por lei e, portanto não pertence a nenhum grupo ou associação.
O projeto de lei do executivo foi protocolado na Câmara Municipal de Campinas e deve ser votado ainda neste ano. A Associação dos Produtores Teatrais de Campinas informou ainda que pretende acionar a justiça, caso perca o controle da organização da campanha municipal de popularização do teatro.
