Um vendedor ambulante acusa de agressão um fiscal da Setec durante uma operação contra o comércio irregular no HC da Unicamp, em Campinas. A autarquia nega, diz que os camelôs resistiram fisicamente e impediram que as mercadorias fossem apreendidas e que por isso os funcionários reagiram.
A confusão aconteceu em frente à unidade, onde esse tipo de atividade foi proibido e as ações de fiscalização foram intensificadas a partir de agosto. Levado ao 7º Distrito Policial, Samuel Garcia diz que vende alimentos no local há sete meses e que sabe sobre o veto desse tipo de prática em frente ao HC.
Acostumado a ter os produtos levados pelos agentes, conta que desta vez foi parado, agredido por um soco e jogado no chão, onde teve o braço torcido. A Polícia Militar foi acionada por testemunhas. As duas partes envolvidas foram levadas para prestar depoimentos no 7º Distrito Policial, em Barão Geraldo.
Na delegacia, nenhum representante da Setec quis gravar entrevista ou comentar o assunto, mas a assessoria de imprensa foi procurada pela produção. Em nota, a autarquia negou qualquer tipo de agressão física ou moral contra os ambulantes e diz que houve uma reação dos fiscais à resistência dos vendedores.
No comunicado, ainda afirma que os funcionários faziam apreensões e que um convênio entre as prefeituras municipal e do campus prevê ações deste tipo. O aumento da rigidez e do controle ao comércio irregular integra a Operação Campus Tranquilo, iniciada na Unicamp após uma resolução de 2016.