A Cetesb informou que avalia quais providências administrativas cabíveis serão adotadas contra a Refinaria de Paulínia por causa da emissão de material particulado emitido na atmosfera depois de uma falha operacional nesta quarta-feira. A empresa poderá ser multada ou advertida. O grande volume de fumaça preta assustou os moradores de Paulínia no início da tarde. Os trabalhadores da Replan precisaram evacuar a área, mas segundo a refinaria, não houve feridos, nem danos às instalações.
A falha aconteceu na linha de abastecimento de ar comprimido e por conta disso, a empresa só deve voltar a operar normalmente na próxima semana. A Replan, que tem capacidade para processar 415 mil barris diários de petróleo, ou seja, 20% da produção nacional de refino, parou de produzir na quarta-feira, após o rompimento de uma tubulação de ar comprimido que causou a interrupção abrupta de todo o fornecimento de ar comprimido para as linhas de produção. A agência avalia agora se multa ou apenas adverte a estatal, que confirmou o acidente, mas não prestou maiores esclarecimentos sobre o ocorrido. A Cetesb informou ainda que as emissões permaneceram até às 23h30 de quarta-feira, quando o suprimento de vapor para esses equipamentos foi regularizado.
Antes da inspeção preliminar realizada pela Cetesb, o Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo emitiu uma nota dizendo que o problema teria sido causado após uma oscilação no fornecimento de energia da CPFL, que ocasionou o descontrole na unidade de craqueamento da Replan e, como consequência, a reversão do fluxo de gás. Ainda segundo o sindicato, o alarme da refinaria demorou mais de 20 minutos para tocar e, após soar, os trabalhadores saíram das unidades que atuam e seguiram para os pontos de encontro na refinaria, considerados locais de segurança. A CPFL, por sua vez, disse que o problema não foi causado por falha ou oscilação no fornecimento de energia.
