O Hospital da PUC de Campinas passa a fazer a partir dessa segunda-feira o referenciamento no atendimento para o SUS. Os pacientes que chegam ao hospital para atendimento ambulatorial, sem urgência e emergência, a partir de segunda-feira, não serão atendidos. Ou seja, o paciente chega, recebe a classificação e se não for emergência, ele é referenciado para outra unidade de Saúde. A situação deixou avó e mãe sem atendimento para uma criança de 4 anos com sintomas de gripe forte.
Ana Beatriz também não conseguiu atendimento para filha de 4 anos. A administração do Hospital já havia informado na semana passada que a unidade passaria a atender apenas casos de urgência e emergência, respeitando a capacidade máxima de 20 leitos, com cancelamento de exames laboratoriais. A justificativa é de que a Prefeitura reduziu de R$ 11,7 milhões para R$ 9,2 milhões por mês os repasses ao hospital.
Atualmente 60% dos atendimentos no hospital são espontâneos e 40% são de pacientes referenciados. O Diretor Técnico da Unidade, Nilton Crepaldi, explica não se tratar de “fechar as portas” para os pacientes da chamada “demanda espontânea”, já que essa forma de atendimento consta em contrato. A administração do Hospital informou ainda que a prefeitura foi informada sobre os efeitos que esse corte da verba poderia ocasionar.
Já a Prefeitura informou que os pagamentos feitos à PUC são referentes a procedimentos e o que ocorreu no convênio entre as duas partes foi uma revisão no volume de serviços prestados e não de valores. Informou ainda que atualmente o convênio com a PUC tem um teto de R$ 9,1 milhões, o que equivale a mais de R$ 100 milhões por ano, e a entidade recebe pelos procedimentos realizados. A prefeitura garante ainda que não haverá prejuízo para a população, pois esses serviços que deixaram de ser prestados pela PUC vão ser absorvidos pela rede municipal de saúde.




