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Súmula da partida entre Ponte e Vitória é divulgada

A Ponte Preta vai ter sérios problemas no Superior Tribunal de Justiça Desportiva depois  do grande tumulto proporcionado por  torcedores do clube na partida contra o Vitória que decretou o rebaixamento da equipe para a Série B.

No início da tarde desta segunda-feira, o site da CBF divulgou a súmula da partida. O árbitro Ricardo Marques Ribeiro relatou a expulsão do zagueiro Rodrigo, copos arremessados ao gramado e a invasão de dezenas de torcedores.

Expulsão de Rodrigo

– Expulsei com cartão vermelho direto, aos 19 minutos do primeiro tempo,
o atleta n. 03, sr. rodrigo da costa, da equipe da a.a. ponte preta, após ser informado pelo quarto árbitro sr. felipe alan costa de oliveira, que o referido atleta havia introduzido, por duas vezes, seu dedo médio entre as nádegas de seu adversário de número 22, sr,
santiago trellez vivero, isto, quando a bola se encontrava fora de jogo. informo ainda que o atleta expulso resistiu em deixar o campode jogo, só o fazendo após convencido pelos próprios companheiros de equipe.

Arremessos de copos e invasão ao gramado

Aos 14 minutos do segundo tempo, quando a bola estava fora de jogo, foi arremessado um chinelo, que partiu de onde se encontravam torcedores da equipe A. A. Ponte Preta, sendo que tal objeto caiu próximo ao assistente n. 2 Sr. Sidmar dos Santos Meurer, sem, contudo,
atingi-lo. Informo mais, que aos 37 minutos do segundo tempo, com a bola também fora de jogo, foi arremessado um copo com líquido,  partindo de onde se encontravam os torcedores da A.A. Ponte Preta, com tal objeto caindo próximo ao mesmo assistente, sem, contudo,  atingi-lo. Registro ainda que até o fechamento da presente súmula eletrônica, não nos foi apresentado nenhum Boletim de Ocorrência narrando tais fatos e identificando os infratores.
Aos 38 minutos do segundo tempo, quando a bola se encontrava fora de jogo, um torcedor da A. A. Ponte Preta que se encontrava nas arquibancadas invadiu o campo de jogo, se dirigindo ao centro do gramado, sendo prontamente contido pelo policiamento. Na sequência e  ainda antes do reinício da partida, ocorreu uma invasão generalizada de torcedores da A. A. Ponte Preta, que derrubaram parte do alambrado (localizado atrás do assistente n. 02) arrombando e danificando ainda um dos portões de acesso ao campo de jogo. Diante de tais  fatos, ambas as equipes e comissões técnicas, temendo por sua segurança, se dirigiram rapidamente para os vestiários. Relato ainda que o policiamento presente no entorno do gramado agiu com prontidão, no sentido de conter os invasores. Já a equipe de arbitragem procurou se abrigar próximo ao túnel de acesso de seu vestiário, o que possibilitou observar os fatos aqui narrados. Informo mais, que presenciamos um
confronto entre torcedores da A. A. Ponte Preta, localizados nas arquibancadas, com a polícia militar, sendo necessário o uso da força e bombas de efeito moral para restabelecimento da ordem.
Por tais razões aqui narradas, e, repito, diante da gravidade dos fatos, a partida não pode ser reiniciada, ficando inicialmente paralisada por 30 minutos. Durante tal período estabelecemos contato com o chefe do policiamento, Cap. Luciano A. F. Salaro, no sentido de avaliar as condições de segurança necessárias para o prosseguimento da partida. Esgotados os 30 minutos previstos no regulamento da competição e tendo em vista a complexidade dos fatos, tivemos de aguardar por mais 18 minutos (ainda também de acordo com o regulamento da competição), momento em que nos reunimos com o chefe do policiamento, Cap. Luciano A. F. Salaro, na presença de dirigentes de ambas as equipes, uma vez que os respectivos capitães se encontravam nos seus vestiários. O referido militar nos informou, por meio de declaração redigida de próprio punho que: “(…) em razão do tumulto generalizado, com quebra de alambrado e portão do estádio Moises Lucarelli, e
também no exterior do mesmo, não foi possível garantir a segurança para o término da partida”. (A referida declaração seguirá anexada aos documentos da partida).
Em virtude da absoluta falta de segurança aos presentes no estádio e cercanias, narrada a mim no próprio gramado do estádio e formalizada de próprio punho pelo responsável do policiamento acima citado; em virtude também da absoluta impossibilidade de restabelecer – pelos menos nas próximas horas seguintes aos fatos – a calma, a ordem e condição emocional apropriada dos profissionais envolvidos no jogo (jogadores e comissões técnicas) para a continuidade da partida; em virtude também da grande proporção do confronto entre torcedores da A. A. Ponte Preta e policiais militares que, segundo o Comandante do Policiamento continuava a ocorrer no lado externo do estádio, dei por suspensa a partida, comunicando e justificando a ambos os clubes sobre minha decisão, de acordo com as normas do Regulamento Geral da Competição em seu artigo 19, incisos I, V e VI. Por fim, tenho a registrar que nos foi apresentado duas declarações, sendo uma delas do Sr.
Vanderlei Ap. Pereira, da A. A. Ponte Preta e outra do Sr. Agenor Gordilho Neto, do E. C. Vitória, em que ambos afirmam estar de acordo com a decisão tomada pela arbitragem. (As referidas declarações também seguirão anexadas aos documentos da partida).
Registro também que até o fechamento da presente súmula eletrônica, não nos foi apresentado nenhum Boletim de Ocorrência narrando tais fatos.
Esclareço por fim que após todas as providências, a equipe de arbitragem deixou o campo de jogo em direção ao vestiário, para a elaboração do relatório da partida e demais formalidades necessárias

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