A cirurgia metabólica para tratamento de diabetes tipo 2 foi liberada pelo Conselho Federal de Medicina, mas para realizar o procedimento há uma série de restrições. Na regra anterior, a cirurgia era restrita a pacientes com obesidade mórbida, com IMC – Índice de Massa Corporal – acima de 35, e que apresentassem doenças relacionadas à obesidade.
A nova portaria, aprovada pelo Conselho Federal de Medicina, permite ampliar o procedimento a pacientes com IMC entre 30 e 35, como explica o Cirurgião bariátrico, Admar Concon Filho. As ressalvas não se restringem ao IMC. É preciso que o paciente tenha menos de dez anos de diagnóstico de diabetes, ter idades entre 30 e 70 anos e a indicação precisa ser feita por dois endocrinologistas, que garantam que o paciente não apresentou melhora através do tratamento convencional.
O especialista explica que essa cirurgia utiliza a mesma técnica da bariátrica, o que muda nesse caso é o motivo da indicação. De acordo com o cirurgião bariátrico, Admar Concon Filho, após a cirurgia há uma melhora importante no funcionamento do pâncreas e na resistência periférica à insulina em 80 por cento dos casos.
Estima-se que 9% da população brasileira tenha diabetes e que mais de 14 milhões de pessoas possam optar por este novo tratamento. O próximo passo é a Agência Nacional de Saúde incluir essa nova aprovação do CFM no Rol das Diretrizes de Utilização para que convênios e seguradoras de planos de saúde passem a segui-la também.
