O mercado vegetariano está em expansão. Atualmente é mais fácil encontrar opções nos cardápios dos estabelecimentos, ou ingredientes e produtos específicos nas lojas. O número de locais especializados também cresceu. São 16 milhões de vegetarianos no Brasil, ou 8% da população, segundo os dados de 2012 do Ibope. Os índices não são recentes, mas as buscas pelo tema aumentam de 150% a 250% por ano, conforme resultados do Google Trends.
E ao mesmo tempo em que o interesse se torna cada vez maior, quem é vegetariano se sente ainda mais inserido e atendido. Larissa Cascaldi mora em Campinas e há dois anos passou a consumir alimentos de origem vegetal. Ela conta que a escolha foi natural e gradativa, mas confirma que ainda precisa se contentar com as porções de batatas fritas em alguns bares. Por outro lado, diz perceber que os estabelecimentos estão tentando adaptar as opções.
A jovem afirma que alguns restaurantes e lanchonetes tratam os pratos vegetarianos ou veganos como gourmet e, portanto, mais caros. Por isso tenta encontrar lugares especializados e diz que o preço no supermercado é acessível. Além de comprar vegetais, que costumam ter valores baixos, alega que é comum encontrar também versões veganas de produtos cárneos ou lácteos, como nuggets, presuntos, kibes, salsichas, linguiças, requeijões e até sorvetes.
De acordo com uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a percepção de empresários do setor alimentício é de que o mercado vegetariano e vegano deve crescer 40% ao ano, índice que segue uma tendência de expansão mundial. Atualmente existem no Brasil cerca de 230 estabelecimentos vegetarianos e veganos.
Em Campinas, a proprietária de um deles, Vitória Grimaldi, entende que a demanda é grande, mas ainda enxerga uma resistência do público geral. Não existem números sobre os brasileiros que se declaram veganos, mas uma estimativa com base nos Estados Unidos e no Reino Unido indica que cerca de cinco milhões de pessoas consomem produtos livres da origem animal no País.
