As 16 empresas incubadas na Ciatec, a Companhia de Desenvolvimento de Alta Tecnologia de Campinas, passam por um momento de incerteza, que preocupa empresários. Eles já foram notificados de uma ordem de despejo por falta de pagamento do aluguel do prédio que é do CNPEM. O prazo venceu no dia 31 de dezembro.
A Ciatec é uma autarquia da prefeitura e a situação pegou os empresários de surpresa. Eles souberam em agosto, quando o processo de despejo já estava em andamento. O diretor da Innovatus Brasil, Marcos Machado, diz que a parte deles era cumprida normalmente, o que não justificaria ter que deixar o local.
Na Ciatec a empresas de alta tecnologia que recebem verba estaduais e federais para desenvolvimento de pesquisas importantes para o país, nas áreas química, farmacêutica e eletroeletrônica, por exemplo. Cada uma investiu no espaço e ir para um novo local exige ter que começar do zero, com necessidade de alvarás e licenças.
No caso da Innovatus, pelo menos 120 mil dólares foram investidos.
No dia 28 de dezembro de 2017, a prefeitura publicou em a mudança da Ciatec para um prédio na rua Serra do Mirante, na Vila Nova São José. O zoneamento no local é para habitação, instituições de ãmbito local ou serviços profissionais domiciliares, não permitindo, por exemplo, os casos das incubadas químicas e farmacêuticas, o que é uma grande preocupação para os incubados da Companhia. Os empresários, ainda nos informaram que a presidência da Ciatec não mantém diálogo e não esclarece o que de fato está acontecendo.
Nós procuramos a assessoria de imprensa da prefeitura que informou em nota que a dívida do aluguel vem de uma gestão passada e por isso não é possível dizer porque houve atraso.
Afirma que assim que o governo assumiu, a Ciatec trabalhou com o CNPEM (dono do imóvel) para negociar o pagamento dos atrasados. Em julho do ano passado, foi homologado um acordo judicial que prevê o pagamento parcelado desta dívida e a outra condição do acordo é que a parte administrativa da Ciatec saísse do prédio, que é o que está sendo feito. Garante que as empresas incubadas têm negociação independente e devem ficar no atual prédio.
