A vacina contra a febre amarela não deve ser aplicada em gestantes, mulheres que estão tentando engravidar e mães que estão amamentando. E quando a gravidez é planejada, a mulher pode tomar a vacina desde que aguarde, no mínimo, 30 dias para engravidar. A recomendação do ginecologista Paulo Padovani, diretor do Centro de Reprodução Humana de Piracicaba, vale mesmo após a Organização Mundial de Saúde ter classificado todo o Estado de São Paulo como área de risco para a febre amarela.
Ele explica que vacinas feitas com germes vivos, como a da febre amarela, não devem ser aplicadas em gestantes, porque podem ser prejudiciais ao feto em desenvolvimento. Apesar de ser contra a vacina nesses casos, Padovani admite que o tema tem gerado opiniões controversas e cita estudos feitos com voluntárias que tomaram a vacina durante a gravidez e não manifestaram nenhuma reação adversa.
Em áreas florestais, a febre amarela é transmitida por mosquitos silvestres. No meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti. Portanto, os cuidados são os mesmos que devem ser tomados na prevenção da dengue, zika e da chikungunya. É importante também eliminar todos os criadouros do mosquito, onde houver água parada. Portanto, a vacina nesse grupo de pacientes só é recomendada por Padovani quando mesmo com a prevenção a mulher ainda estiver exposta ao risco da doença. Além da febre amarela, a lista de vacinas contraindicadas na gravidez inclui rubéola, sarampo, caxumba, catapora, tuberculose, rotavírus, varíola e HPV.