Na manhã dessa terça-feira foi retomado no Palácio da Justiça o julgamento do policial federal, José Fernando Valente, acusado de matar Tiago Rocha em uma briga de trânsito no Taquaral, em Campinas. O policial não estava em serviço no momento do crime, em que é acusado de matar a vítima a facadas.
Foram arroladas 8 testemunhas, 4 de acusação e três de defesa, mais um perito, com presença de Júri Popular. A vítima tinha 39 anos na época e chegou a ficar três dias internado, mas não resistiu. Uma das testemunhas arroladas pela Defesa é o médico psiquiatra do réu. Ele afirmou que Valente tinha um traço de personalidade passional e que não tomava o medicamento recomendado desde o ano anterior ao crime. Disse ainda que o agressor sofria de exaltação de prudência em estado de pânico.
Uma tese que foi rebatida por um perito, psiquiatra forense, que afirmou em depoimento que o transtorno psiquiátrico do réu não seria suficiente para alterar o estado de consciência sobre esse tipo de crime. O irmão da vítima, Henrique Rocha, que chorou durante seu depoimento ao lembrar do rastro de sangue que encontrou ao chegar no local do crime, considerou o depoimento do perito forense como fundamental para o desfecho do julgamento me favor da acusação.
O crime ocorreu após uma colisão entre os veículos do agressor e da vítima na Avenida Nossa Senhora de Fátima. Um subtenente aposentado da PM passava pelo local e presenciou o crime, dando voz de prisão ao réu que foi levado para a prisão da superintendência da PF em São Paulo.