O Conselho Regional de Medicina vai fazer um estudo sobre as mortes evitáveis no Hospital Ouro Verde. O levantamento vai analisar o período entre 2008 e 2016, quando a gestão era feita pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, a SPDM. O estudo será feito a pedido do Ministério Público, que quer averiguar os óbitos que teriam sido registrados pela ausência de estrutura adequada, incluindo a falta de pessoal e material na unidade hospitalar.
A vistoria mais recente feita pelo Conselho no Ouro Verde em fevereiro, indica que, apesar da intervenção realizada pela Prefeitura, há continuidade de problemas como sobrecarga de trabalho na unidade, falta de itens e problemas em equipamentos. De acordo com a médica pneumologista e diretora regional do Cremesp, Sílvia Mateus, para que o estudo possa ser feito, será necessário que a secretaria de saúde disponibilize os prontuários médicos dos pacientes que morreram no período em análise.
Para a diretora regional do Cremesp, a análise de prontuários é muito importante para a melhora do atendimento nos hospitais. Sílvia Mateus acredita que o levantamento vai trazer benefícios para as pessoas que buscam atendimento no Hospital Ouro Verde. De acordo com a Prefeitura, o hospital faz mensalmente cerca de 85 mil procedimentos e em nota, informou que está à disposição do MP para prestar qualquer tipo de esclarecimento.
