O Ministério Público do Trabalho, em Campinas, realizou na tarde desta terça-feira uma audiência de conciliação sobre o processo de demissão coletiva de enfermeiros e funcionários do Hospital Ouro Verde. As discussões ocorrem após a Prefeitura suspender o contrato com a Vitale, antiga OS que administrava e é alvo do Ministério Público por suposto desvio de R$ 4,5 milhões da área da saúde.
A reunião não foi conclusiva e terá continuidade na sexta-feira, quando a prefeitura deverá apresentar um cronograma detalhado de como serão feitas as demissões, conforme explica o presidente da Rede Mário Gatti, Marcos Pimenta.
Em nota, o sindicato dos Médicos considerou que com essa nova reunião na sexta, a audiência de terça foi suspensa, por falta de detalhamento na proposta e que não foi nada produtiva. O que chegou a ser proposto pela a administração municipal foi o pagamento das verbas rescisórias com um limite de gastos de R$ 1,5 milhão por mês, sendo efetuados em 18 meses, prorrogáveis por mais 6 meses. O presidente da Rede Mário Gatti, Marcos Pimenta, ressalta a importância de se ter um acordo com os sindicatos, diante do limite financeiro.
A prefeitura deverá apresentar, até o dia 10, uma lista dos profissionais indicando os valores rescisórios de cada um, além de informações pessoais deles. Os pagamentos devem acontecer conforme a ordem dos setores que terão os profissionais substituídos, o que deverá ser listado no cronograma a ser apresentado pela prefeitura.
Outro sindicato que se posicionou sobre a audiência desta terça, foi o Sinsaúde que não concordou com a proposta apresentada e deixou de participar da mediação.