Ouça ao vivo

Rodovia Anhanguera completa 70 anos neste mês de abril

Foto: Gláucia Franchini

Anhanguera era o apelido de dois famosos Bandeirantes dos séculos 17 e 18 – Bartolomeu Bueno da Silva, pai e filho, que compartilhavam tanto o nome quanto a alcunha, que em tupi significa “diabo velho”.

A rodovia que corta a região de Campinas e liga à capital São Paulo, leva o nome em homenagem a dupla e foi inaugurada em 22 de abril de 1948. Completa, portanto ,70 anos.

A fala é de Fabiano Adami, gestor de Interação com o Cliente da Autoban, a concessionária responsável pela Rodovia Anhanguera. A concessão é de 1998.

A rodovia começou com pista simples em 1948, pavimentada entre São Paulo e Jundiaí. Foi em 50 que a pavimentação chegou ao trecho de Campinas. E em 53, que a Rodovia começou a ser duplicada.

Sidnei José Ramos nasceu às margens da Anhanguera, no jardim Eulina em Campinas. Ele se recordar do pai contar sobre os primórdios dessa via. Ele mesmo lembra que quando criança atravessava, como se fosse uma rua de casa.

Foi a partir da concessão que a Rodovia Anhanguera foi crescendo e se estruturando como uma das principais do estado de São Paulo. Por quatro anos, ela ficou em primeiro lugar no ranking do CNT como melhor do país. Foi em 2000, 2001, 2002 e 2007. Aliás, foi na virada do milênio que houve a primeira grande intervenção, com a nova ponte sobre rio Piracicaba. Depois melhorias em Americana, Sumaré e a grande reformulação em Campinas.

Além de mais faixas e das marginais, a Anhanguera, em Campinas, ganhou viadutos e alças. Em 2010, a chegada a São Paulo também foi reestruturada. As obras mais recentes englobam o Complexo Viário de Jundiaí, que teve inaugurações em 2017 e 2018. Em 20 anos de concessão foram investidos mais de R$ 4 bilhões.

Os investimentos trouxeram melhorais, facilidades, agilidade, mas… Não foram suficientes para evitar graves acidentes. Foi nessa via que aconteceu um dos maiores engavetamentos do país. No ano de 2000, 65 veículos se envolveram em um acidente na região de Americana. Em 1998, uma das maiores tragédias, a morte de 54 romeiros que estavam em dois ônibus que colidiram na rodovia na altura de Araras.

Nos últimos anos, o número de acidentes caiu na Anhanguera. De 2003 a 2017, a queda nas ocorrências fatais  foi de 62%. Sidnei José ramos, no entanto, lembra de vários.

Fabiano Adami da concessionária Autoban ressalta que a imprudência é a principal causa dos acidentes.

A Anhanguera também já teve problemas de infraestrutura. Foi em janeiro de 2016 quando um trecho da via no sentido interior em Vinhedo afundou cerca de 40 centímetros e ficou bloqueado.

O contrato de concessão da Rodovia Anhanguera completa 20 anos em maio e tem mais dez anos de vigência. Alguns investimentos estavam previstos, outros ocorreram diante da necessidade. Neste momento não há previsão de novas intervenções, como explica o gestor da Autoban Fabiano Adami.

A Anhanguera está inserida no Plano Rodoviário elaborado pelo DER-SP em 1936 que classificava como fundamental para a manutenção do crescimento econômico do Estado a construção de duas rodovias, que deveriam se chamar Anchieta (São Paulo-Santos) e Anhanguera (São Paulo-Campinas).

Compartilhe!

Pesquisar

PODCASTS

Mais recentes

Fale com a gente!

WhatsApp CBN

Participe enviando sua mensagem para a CBN Campinas

Veja também

Reportar um erro

Comunique à equipe do Portal da CBN Campinas, erros de informação, de português ou técnicos encontrados neste texto.