A Agência Nacional de Aviação Civil abriu um processo administrativo para apurar irregularidades sobre a operação do helicóptero que caiu no último dia 5 em Vinhedo. Um ocupante saiu ileso. Os outros três tiveram ferimentos leves.
De acordo com a Anac, além de não possuir autorização para realizar a atividade de táxi-aéreo, a aeronave também não tinha aval com antecedência mínima de 30 dias para pousar no espaço de eventos, que não é homologado para pousos.
Na nota publicada no portal oficial, a agência cita o regulamento número 91, que prevê autorização prévia para a realização de manobras em área não homologada na qual haja a possibilidade da presença de pessoas no solo.
Segundo os registros obtidos pelo órgão, o helicóptero estava com a Inspeção Anual de Manutenção e o Certificado de Aeronavegabilidade em dia, mas não contava com o certificado básico para o transporte remunerado de pessoas.
Com isso, além da sanção administrativa, a Anac poderá encaminhar denúncia ao Ministério Público e à Polícia para que sejam tomadas medidas no âmbito criminal, já que esse tipo de serviço segue uma série de pré-requisitos.
A aeronave modelo Robinson 44 transportava uma noiva para a festa de casamento. Além dela e do piloto, estavam no helicóptero uma criança e um fotógrafo. A mulher saiu ilesa e os outros três tiveram ferimentos leves.
Conforme um dos convidados da festa, a aeronave rodou no ar e caiu pouco antes de pousar. Cerca de um minuto após a retirada de todos os tripulantes, o helicóptero pegou fogo, que foi contido por uma equipe dos bombeiros.
As vítimas foram levadas para a Santa Casa de Vinhedo. Mesmo com o acidente, o casamente aconteceu. Por meio de nota, o Castelo dos Vinhais, local que recebeu o evento, disse que o casamento foi mantido por escolha dos noivos.
A produção da CBN tentou entrar em contato com a empresa responsável pelo helicóptero, que fica em São Paulo. Nos telefones que constam no site da empresa, ninguém atendeu as ligações até o fechamento desta reportagem.