A crise hídrica que assolou o estado de São Paulo, em especial o sistema Cantareira, mostrou a necessidade pela busca por novos modelos de gestão dos recursos naturais, segundo um estudo apresentado na Unicamp. A tese foi desenvolvida pelo economista ecológico Bruno Peregrina Puga, que analisou como as instituições do sistema de governança hídrica lidaram com a crise e o que o período de estiagem significou para a busca por alternativas para lidar com o problema no futuro.
O estudo aborda três aspectos principais da governança hídrica: a distribuição de poder, a capacidade adaptativa e a capacidade de mudança institucional em decorrência da aprendizagem política. Para o pesquisador, o enfrentamento da crise nos diversos níveis institucionais demonstrou sérios problemas de governança hídrica em termos de adaptabilidade, transparência e efetividade de ações. Bruno Peregrina Puga disse que o primeiro passo para otimizar a gestão é estabelecer as responsabilidades de cada órgão, algo que não aconteceu durante a crise hídrica. Segundo ele, hoje há uma situação mais confortável em relação a isso, mas ainda longe do ideal.
O estudo pode ser encontrado no site da universidade, através do endereço eletrônico www.unicamp.br.