Não é só o trajeto de Maria Helena Benetti pela Avenida da Saudade, em Campinas, que se tornou rotineiro. As reclamações dela sobre uma árvore contaminada por uma praga se tornaram hábito nos últimos quatro anos.
O problema é que a falta de respostas também é costumeira e por isso a aposentada conta que chegou a oferecer a pagar pelo tratamento do exemplar do ipê-amarelo, considerado um dos símbolos entre as árvores brasileiras.
A planta fica em um canteiro do lado de fora da sede da Sanasa, em frente às bandeiras, e chamou a atenção da moradora da região durante um passeio. Desde então, nota que as condições estão se deteriorando cada vez mais.
Maria Helena relata que o problema é causado pela praga conhecida como erva de passarinho, que suga os nutrientes da planta hospedeira. O que antes era só um foco, atualmente tomou conta da copa e pode culminar na morte da árvore.
Acompanhando o agravamento da situação, a aposentada afirma que tentou buscar uma solução diversas vezes. Além de entrar em contato com a própria empresa de abastecimento da cidade, também buscou outros órgãos municipais.
Ela explica que o contato com o Departamento de Parques e Jardins rendeu o registro de um protocolo. Já a conversa com o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e a consulta a um vereador de Campinas não foram adiante.
A assessoria de imprensa da Sanasa informou por meio de nota que, apesar de a árvore ficar do lado de fora, “a empresa está fazendo vistorias constantes para tentar preservar a espécie e evitar que ela seja extirpada” por conta da praga.
Conforme o comunicado, “biólogos da Sanasa e funcionários fazem o controle periódico” do problema, “mantendo contato constante com os servidores do Departamento de Parques e Jardins para preservação” do ipê-amarelo.
O DPJ também foi procurado e enviou resposta alegando que vai enviar uma equipe para realizar vistoria dessa árvore até esta sexta-feira, dia 29. “A partir do laudo sobre as condições da árvore, tomará as providências necessárias”.
