O mercado começa a retomar a normalidade na Ceasa Campinas após o fim da greve dos caminhoneiros. A movimentação de mercadorias, que começou a subir no dia 30, alcançou os 85% no último sábado. Hoje, está em 100%.
Mas se os patamares anteriores de carga e descarga já foram alcançados, alguns preços ainda estão em alta. No período de 10 dias da paralisação, os custos dos perecíveis dispararam e a expectativa é que as quedas sejam gradativas nesta semana.
O diretor técnico-operacional da Central de Abastecimento, Claudinei Barbosa, explica que o motivo são as faltas pontuais de alguns produtos. Como exemplo, cita os casos do mamão e das cebolas, que dependem de um escoamento maior para chegar até a região de Campinas.
Além da menor oferta em relação à demanda, outro efeito da paralisação foi a alta dos fretes, principalmente os que envolvem maiores distâncias. Mas segundo o diretor técnico-operacional, a influências das perdas no campo e no transporte dos produtos deve ser sentida daqui a 60 dias.
Para o proprietário de um box de maçãs e peras que fica no GP1 da Ceasa Campinas, Edson Pacheco, o mês de maio foi perdido e a esperança é de melhora. Ele também explica que muitos produtos, principalmente os importados, estão ainda na estrada e por isso diz que deve ficar atento à qualidade.
O total dos prejuízos com a paralisação ainda é calculado pela Central, mas já supera os R$ 30 milhões, podendo chegar a R$ 50 milhões. O levantamento leva em conta os produtos que deixaram de ser comercializados e as perdas com o custo logístico e operacional dos comerciantes.
