Um estudo na Unicamp apontou que o consumo de nutrientes entre adolescentes de 10 a 18 anos de Campinas está inadequado. A tese foi desenvolvida pela nutricionista Regina Esteves Jordão na Faculdade de Ciências Médicas. Umas das preocupações da autora com o resultado da pesquisa é sobre o cálcio porque o adolescente está na fase de formação de massa óssea, que ocorre até os 18 anos.
No caso do sódio, o raciocínio é inverso, com consumo acima do limite máximo recomendado. Esse mineral está presente em alta concentração nos biscoitos, macarrão instantâneo, fast food e em congelados, como lasanha e frango empanado.
No Colégio Bento Quirino, a preocupação com o tema se reflete na oferta de cursos sobre Nutrição e Dietética. A nutricionista Élen Gralharde Costa e Silva, professora do curso, se preocupa especialmente com o ferro, presente nas carnes e nas verduras escuras, que é importante para as meninas que chegam à fase de reprodução.
Elen defende ao preparo de alimentos coloridos, que estão nos legumes, verduras e frutas, em equilíbrio com outros alimentos, sem abrir mão do sabor. Seus alunos, na faixa dos 17 anos, estudantes do ensino médio, contam com a ajuda de suas mães para garantir o lado saudável da dieta. É o caso de Miguel de Araújo Cabral.
Mas, Luciano Martins Filho Miguel admite que fora de casa o fast food acaba se tornando inevitável. Thaís Grisoni cita a falta de tempo como justificativa para não se alimentar tão bem como gostaria. Já, Maria Eduarda Rosa conta que ao ser diagnosticada com diabete tipo 1 teve que se adaptar a uma alimentação equilibrada mesmo fora de casa.
A nutrição inadequada está fortemente relacionada ao excesso de peso e desenvolvimento de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, além da baixa resistência a gripes e viroses.
