Os trabalhadores da Unicamp decidiram pela continuidade da paralisação, que começou no dia 22 de maio. A decisão foi durante assembleia na manhã desta terça-feira pelo STU, sindicato que representa a categoria. Os trabalhadores definiram ainda que irá solicitar à Reitoria uma reunião para uma nova tentativa de negociação. Os funcionários da Unicamp reivindicam aumento de 12,6% nos salários, mas a Reitoria alega que a universidade vive uma situação financeira difícil e ofereceu 1,5% e R$ 100 a mais no vale-alimentação.
A diretora do STU, Gabriela Diniz, afirma que ainda não é o momento de finalizar a paralisação. A previsão do déficit orçamentário da Unicamp antes de considerar o reajuste nas contas é de R$ 238,4 milhões. A Unicamp tem aproximadamente 8,5 mil funcionários. Os professores não estão em greve. A mobilização provoca reflexos em bibliotecas, laboratórios e creches.
O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas, Mauro Fukumoto, determinou a manutenção de pelo menos 70% dos trabalhadores da área de saúde em atividade durante a greve e estipula multa diária de R$ 10 mil ao sindicato, no caso de descumprimento. Além disso, a Justiça estipulou penalidade de R$ 5 mil para cada manifestação da categoria que interrompam o acesso ou saída de prédios do campus de Campinas.