O número de eleitores jovens, com idade entre 16 e 17 anos, é menor em Campinas do que a média nacional, de acordo com as estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral, divulgadas no início deste mês. Na cidade, a porcentagem de jovens com menos de 18 anos que têm título de eleitor é de 0,67%, contra 1,28% em todo o país. Os jovens nesta faixa etária não são obrigados a votar, mas podem tirar o título de eleitor a partir dos 16 anos.
A porcentagem no município, no entanto, aumentou neste ano em relação às eleições de 2016. Naquele ano, a proporção de menores com título de eleitor era de 0,45%. De acordo com o Professor da Faculdade de Ciências Sociais da PUC Campinas, Vitor Barletta Machado, o passado recente da política brasileira, considerando desde o período da redemocratização do país, não oferece incentivos para o jovem se interesse por política. Ele ainda afirma que o controle da natalidade no Brasil também deve ser levado em consideração pela redução desta parte do eleitorado.
Outros dados relevantes sobre o município divulgados pelo TSE se refere a proporção de mulheres eleitoras, que é maior em Campinas quando comparada a média nacional. Esse grupo corresponde a 53,1% do eleitorado total da cidade, enquanto a média nacional fica em 52,9%. O índice de idosos, pessoas com mais de 60 anos para quem o voto também é facultativo, também é maior em Campinas, já que representa 21,7% do número de eleitores, contra 17,4% em todo o país.
Os dados do TSE mostram ainda que Campinas assumiu o posto de segundo maior colégio eleitoral do estado de São Paulo, com 849.127 eleitores, atrás apenas da capital. Guarulhos, que até então ocupava a segunda posição, perdeu eleitores e tem atualmente pouco mais de 814 mil pessoas com título de eleitor.
