Uma reunião realizada pela prefeitura de Paulínia e com a participação de representantes do setor petroleiro cobrou explicações da Replan sobre as causas da explosão registrada na caldeiraria de craqueamento e destilamento no último dia 20. Na ocasião, o executivo apresentou o plano municipal de contingência, criado para atender o município em situação de risco, que vão desde a ocorrência de possíveis desastres naturais a incidentes envolvendo gases e combustíveis originários das indústrias instaladas na cidade. A proposta era discutida desde o ano passado, mas a ocorrência registrada na Replan acelerou o início dos trabalhos.
Nos últimos meses, foram realizados estudos técnicos a partir da análise de dados coletados por georreferenciamento e do mapeamento de riscos do município. Em situações de emergência, o plano estabelece um mecanismo para acionamento imediato de órgãos como o corpo de bombeiros, Cetesb, polícia militar, defesa civil e secretarias de governo. Na apresentação do plano, os responsáveis cobraram explicações da Replan sobre o acidente e lamentaram o fato da refinaria não enviar representante para discutir a questão. O prefeito de Paulínia, Dixon Carvalho, responsabilizou a estatal pela explosão e disse que cobra explicações desde o dia do acidente.
O coordenador da regional Campinas do Sindipetro, Gustavo Marsaioli, defende a criação de um grupo de trabalho que possa avaliar as condições estruturais da refinaria, com a participação dos funcionários. Ele acredita que este grupo terá mais força com o apoio do plano apresentado pela prefeitura de Paulínia. A Replan enviou uma nota para a prefeitura de Paulínia que informava que em razão da ocorrência emergencial e pelos esforços visando o reestabelecimento da condição operacional das unidades de processo, não foi possível enviar representantes à reunião.
