Grupos de mulheres realizaram no sábado, 29, no Centro de Campinas, um ato contra o candidato à presidência da república, Jair Bolsonaro (PSL). O ato “Ele Não, Mulheres Contra Bolsonaro”, classificado pela organização como suprapartidário e pacífico, contou com intervenções culturais e apresentações artísticas.
Estiveram presentes grupos feministas, LGBT, universitários, professores, além de militantes e apoiadores de partidos considerados de esquerda. Os grupos se reuniram contra Bolsonaro devido a posicionamentos do candidato que, segundo os manifestantes, é machista, homofóbico, racista, prega a violência, e representa o retrocesso.
A bióloga Roseli Torres é uma das que afirmam que Bolsonaro trará retrocesso se eleito. Ela, que viveu o período da ditadura, teme a volta de características da época caso Bolsonaro seja eleito presidente.
O evento teve início às 10h00, no Largo do Rosário. Por volta de meio dia os presentes no ato saíram em passeata pelas vias do Centro, como Francisco Glicério, Irmã Serafina. Anchieta e Benjamin Constant. A estimativa da organização é que 7 mil pessoas participaram do ato. Praticamente a todo momento o grito “Ele Não”, em referência a Bolsonaro, era entoado.
Uma das organizadoras do evento, Daniele Barbosa, explica o intuito do ato contra Bolsonaro. “Conseguir fazer com que haja uma participação maior das mulheres de forma geral, não somente da mulher militante, mas de forma geral para conseguir mudar alguns votos e trazer essas mulheres para nosso entendimento do que deve ser uma política justa e não violenta, e mais condizente com a forma que nosso país precisa.”
No domingo, também pela manhã, ocorre uma carreata de apoio ao candidato do PSL, com concentração também no Largo do Rosário, a partir das 09h30. Bolsonaro lidera as intenções de voto para presidente segundo as pesquisas Datafolha e Ibope mais recentes.
