O Brasil conta hoje com cerca de 13 milhões de desempregados e cada vez que aparece um processo de seleção para preenchimento de vagas, vê-se filas gigantescas de pessoas que alimentam o sonho de uma recolocação no mercado. Um exemplo recente foi em Americana.
Por lá, a abertura de cerca de 200 vagas para um supermercado que irá iniciar as atividades ainda esse ano levou quase 5 mil pessoas ao local. Muitos madrugaram na fila, não tomaram café da manhã e nem almoço apenas para a entrega do currículo sendo que não seria feita nenhuma entrevista com o candidato.
O sociólogo, Leujeane Mihan criticou a forma, segundo ele, ultrapassada para a entrega de currículo
Um outro exemplo que expôs as pessoas a situações nada favoráveis foi um recrutamento organizado pela União Geral dos Trabalhadores, na capital paulista, recentemente. Mais de seis mil pessoas enfrentaram o frio e a chuva desde a madrugada em busca de uma vaga por meio de uma parceira da UGT com 27 empresas que estavam oferecendo 4 mil vagas
Para o advogado e mestre em Direito pela Unimep, Fausto Luz Lima, cabe aos organizadores de processos seletivos a adequação dos locais para que os candidatos tenham, no mínimo, dignidade, como banheiros, água, e em dias de chuva, lugar para se protegerem.
O sociólogo, Leujeane Mihan, comentou que uma empresa que destrata os candidatos já pode dar um sinal de como é a relação com os funcionários
Um outro exemplo recente foi no Rio de Janeiro. Cerca de 30 mil pessoas enfrentaram uma gigantesca fila, em torno do Estádio Engenhão, para se cadastrarem em uma das 5 mil vagas oferecidas no feirão de emprego, organizado por voluntários ligados à Igreja Católica.