As faltas de médicos, remédios e exames estão entre os itens apontados pela Comissão de Saúde da Câmara de Campinas em um relatório que deve ser entregue ao prefeito. O documento é assinado por quatro vereadores da base de apoio ao governo na Casa. O grupo visitou 12 unidades de saúde do município entre os meses de agosto e setembro.
Um deles é Rodrigo da Farmadic, do PP, que nega que a conclusão das vistorias seja resultado de um trabalho “chapa-branca” feito sem a intenção de cobrar o Executivo. Mesmo sendo uma resposta aos pedidos de abertura de uma CPI da saúde feitos pela oposição, as fiscalizações são defendidas pelo vereador, que fala em buscar soluções.
Como exemplo, cita a falta de medicamentos em centros de saúde. Na opinião dele, a situação é causada por falhas na gestão – da compra ao transporte dos produtos. Além dele, a comissão conta com Zé Carlos, PSB, Rubens Gás, PSC, e Permínio Monteiro, PV, que planejam entregar o relatório pessoalmente ao prefeito Jonas Donizette, do PSB.
Na conclusão são apresentados ainda outros problemas percebidos durante as visitas, como a má distribuição de pessoal pela cidade, que afeta o funcionamento de alguns locais. O documento compara os CSs Barão Geraldo e Ipausurrama, com sete e nove clínicos respectivamente, com os CSs Aeroporto, Vila Rica e Santa Rosa, que não têm nenhum.
Outro panorama citado pelos vereadores é a atualização dos dados detalhados sobre medicamentos e escala no Portal da Transparência da Saúde, que não é feita desde 2014. Presidente em exercício da Câmara de Campinas no lugar do licenciado Rafa Zimbaldi, do PSB, Gilberto Vermelho, do PSDB, diz que a fiscalização faz parte das atribuições da Casa.
Também membro da base de Jonas, considera que o momento para a CPI já passou e aposta na disponibilização de R$ 5 milhões da própria Câmara à saúde municipal. A verba para a saúde de Campinas vai sair do orçamento da Câmara para 2018, estipulado em R$ 133 milhões. A disponibilização foi assinada no dia 21 de setembro.